quinta-feira, 29 de julho de 2010

"Quanta verdade um espírito suporta, quanta é a verdade que um espírito ousa?"

Fica a pergunta clássica: "Quanta verdade um espírito suporta, quanta é a verdade que um espírito ousa?"


Melhor saber ou não?
Precisa-se de coragem pra buscar a verdade. Ficar na dúvida é tão mais fácil, não é?
A dúvida é menos dolorida, menos solitária, já que ela sempre vem acompanhada da esperança. É bom se enganar, mas é covardia.

A gente tem medo da verdade, medo de que nossas próprias certezas sejam destruídas.
A partir do momento em que nós sabemos a verdade, não é mais possível voltar atrás. NUNCA MAIS. Não existe o botão "delete" na nossa mente (infelizmente). Dá até vontade de fazer aquela cantoria do "NÃO TÔ OUVINDO, NÃO TÔ OUVINDO"... gritar pra não arrancarem nossas ilusões.

É preciso ser profundo pra entender, ser abismo.
Será que a gente realmente conhece a nossa própria dor? As nossas paixões mais intensas? A nossa realidade sem fantasias nem enfeites? Os nossos medos que mais perturbam?
Ou a gente só intui ("coisas desse tipo a gente não intui, a gente é ou não é"), seleciona e separa o que convém e o que não convém? Afinal, não existe perigo maior do que ver a si mesmo, cara a cara.

"Entende-se o Hamlet? Não é a dúvida, é a certeza que enlouquece..."

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