terça-feira, 27 de julho de 2010

A inveja

De todas as características que são vulgares na natureza humana a inveja é a mais desgraçada; o invejoso não só deseja provocar o infortúnio e o provoca sempre que o pode fazer impunemente, como também se torna infeliz por causa da sua inveja. Em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o que os outros têm. Se puder, priva os outros das suas vantagens, o que para ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si próprio. Se uma tal paixão toma proporções desmedidas, torna-se fatal a todo o mérito e mesmo ao exercício do talento mais excepcional.
Aqueles que são invejados não podem entristecer-se com a inveja alheia: se te invejam, isso quer dizer que tens um valor; quer dizer que sentem e reconhecem a sua grandeza, o seu triunfo. A inveja é a sombra obrigatória do genio e da glória, e os invejosos não passam, de forma odiosa, de admiradores rebeldes e testemunhas involuntárias.
O invejoso torna-se, sem querer, o colaborador da sua perfeição.

Nada tira o sorriso do meu rosto! Mto menos quem me inveja.

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